Já falamos que o S&OP (Sales and Operations Planning) é o processo que coordena diferentes áreas do negócio para atender a demanda do cliente com o nível adequado de suprimentos.
O S&OP serve para identificar demandas futuras e programar a produção com base nessa previsão. Além de fazer com que todo o portfólio da empresa tenha valor e seja comercializado. Em suma, que a companhia não toque como uma banda de um sucesso só.
Implantar um bom processo de S&OP depende do respeito a uma série de etapas bem definidas, mas antes delas há um grande passo anterior que é fundamental: a digitalização.
Agir sem medo
Falar em digitalização em pleno 2020 parece desnecessário, mas a verdade é que grande parte das empresas brasileiras ainda não compreende o que de fato significa digitalizar processos.
Não se trata somente de adotar softwares e ferramentas como se fossem uma roupa nova para a companhia. É preciso mudar o modo de pensar e virar a chave para o digital.
Um fator de resistência para a digitalização é o enfrentamento de algumas verdades trazidas pela leitura dos dados. Porque eles podem obrigar a realização e mudanças desconfortáveis, mas que devem ser enfrentadas em prol do crescimento do grupo.
No caso do S&OP, há espaço para o uso deste tipo de ferramenta, tanto nas atividades isoladas do planejamento, como nas etapas de previsão de vendas e de planejamento da produção, quanto na etapa de resolução de possíveis conflitos entre estes planos.
A ferramenta deve propiciar uma visão de todo o fluxo de materiais, englobando todo o planejamento integrado. Ela também deve avaliar o impacto das possíveis alterações em cada uma das áreas envolvidas, bem como de toda a empresa; por exemplo, estimando o resultado do período que está sendo planejado.
A utilização das mesmas, em conjunto com o processo de S&OP, tem como efeito a amplificação de suas potencialidades, migrando da obtenção de ganhos locais para um ganho integrado de eficácia no planejamento.
Ajude o vendedor
Por isso a S&OP é, antes de mais nada, uma ferramenta de mudança de cultura. Adotar a S&OP é o passo final para retirar a empresa do passado e colocá-la de vez no futuro. E esse é um caminho sem volta.
Dessa forma, a digitalização revisa números, prepara melhor a fábrica, equilibra processos, divide responsabilidades, ativa equipes antes ociosas e desafoga as sobrecarregadas.
Um exemplo: se um vendedor é bem sucedido em emplacar um produto em determinado ponto de venda, o instinto dos gestores determina que esse profissional seja o responsável por introduzir outros produtos “encalhados” no mercado.
Uma decisão que pode desmotivar o profissional e fazer com que ele sabote a si mesmo para fugir de missões impossíveis. Com o SO&P, tudo isso desaparece. O vendedor passa a ser um agente do planejamento prévio – ele simplesmente sabe onde deve estar o que precisa fazer para bater suas metas.
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